Estes dias ando meio sem graça, vontade de não fazer nada, entrar de férias como antigamente todo o meses (janeiro e fevereiro) passava a mão na cambada e ia...
Estou com crise de abstinência, saudades do não fazer nada, nada mesmo. Comida, roupa lavada e muito “pensar na morte da bezerra”, conhecem esta expressão? É quase como “viajar na maionese”.
É exatamente isto que está acontecendo estou “viajando na maionese”, pow! Acabo de voltar a terra, pois o dever me chama.
Boa Noite, tchau, até logo!
Amanhã eu devo estar totalmente de volta!
Procurando uma figura na net para ilustrar estas bobagens que escrevi, encontrei este Poema que diz como me sinto.
Teriam as mãos de Deus ao barro a vida ousado
a solidão
já não me incomoda, não!
com muita paciência
dei-lhe poesia a beber
em algumas gotinhas de compreensão
em cálice meio de inteligência
e o resto
eu enchi de imaginação!...
nem imagina, como ficou linda a solidão,
essa tão desamada e difamada prostração,
pois ela é apenas esse oceano infinito, bonito,
onde posso navegar livremente
sem vento e nem vela
nessa caravela linda,
construída nu estaleiro mente.
a soledade?...
é na verdade a pauta em branco
de onde brota a melodia do seu coração,
é aquele silêncio aveludado que envolve a canção,
é o estado de espírito com que Deus criou o universo,
a folha de papel onde o moço esboça um verso
à namorada.
Você também, não vê nada!...
Não vê que é essa face rosada pedindo um beijo
num desejo de paixão?
Teriam as mãos de Deus ao barro a vida ousado
se o ânimo do ermo o não houvera lesado?
Não, e Não, e Não!
A solidão...
não esqueça o que lhe digo, meu amigo, meu irmão,
É bonita!
E só é feia fechando as portas à imaginação,
Contaminando de arrogância a inteligência,
Ou abrindo a fenda psíquica
da infrutífera ignorância!...
a solidão? é!...
Deixe-me só ir abrir-lhe a porta, Que ela já chegou!...
- Você está linda!
Seja bem-vinda!
Entre, Entre!
Um abraço!
Que emoção!...
- E um beijo para mim?
Não incomodo, Não?
- Bem... Incomoda um pouco, sim,
Mas só no meio da multidão!
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